EDIFÍCIOS DE HABITAÇÃO, COMÉRCIO E SERVIÇOS

ESCRITÓRIO

OBRAS E PROJECTOS

1992   (projecto solicitado pelo Arqº Germano Castro Pinheiro)
Terreno da Fábrica  Veludo, Av. da Boavista, Porto
Loteamento
Maria Lucília Veludo Aires Pereira

PLANTA/ CORTES/ ALÇADOS

ESQUISSOS

MODELO 3D

FOTOGRAFIAS

MEMÓRIA DESCRITIVA

 

Este projecto corresponde a um Pedido de Informação Prévia de Loteamento do terreno situado à Avenida da Boavista junto à auto-estrada.

O terreno, com a área de 15.535 m2 é delimitado a Nascente pela auto-estrada, a Norte pela Av. da Boavista e a Poente pela R. Ciríaco Cardoso sendo cortado sensivelmente a meio por um ramal do nó implementado naquele local.

Este ramal isola uma das partes do terreno pelo que o primeiro problema que se coloca é o de garantir o acesso viário a toda a área. Paralelamente pretende-se relacionar visualmente os volumes projectados, para cada uma das partes.

Sendo assim, e porque as cotas do terreno o permitem, propõe-se a criação de um arruamento "pendurado" na R. Ciríaco Cardoso e paralelo à Av. da Boavista que deverá passar sob o ramal da auto-estrada, possibilitando o acesso a todos os edifícios e concretamente aos parques de estacionamento previstos no subsolo. Em simultaneidade, na faixa de terreno compreendida entre a Avenida e o arruamento proposto, os volumes dispõem--se em concordância com o direccionamento das vias.

De cada um dos lados do ramal da auto-estrada os edifícios e os espaços urbanos projectados têm forçosamente um carácter distinto devido aos condicionamentos diferenciados, não só a nível formal como funcional, embora sem prejuízo da relação visual anteriormente referida.

Assim, na área situada a Poente do ramal (lotes 3, 4, 5 e 6) a intervenção adopta um procedimento típico de uma operação de "cosedura urbana": colagem às preexistências, continuidade dos alinhamentos e cérceas, o mesmo programa - predomínio da habitação e

 

 

 

algum comércio de rua. Do outro lado, a atitude mantém-se, embora as relações com o existente se verifiquem a outro nível. Concretamente a disposição dos volumes B e A continua a ser influenciada pelo direccionamento da Avenida e o seu dimensionamento tem como contraponto os edifícios situados do outro lado.

Pretende-se com o distanciamento em relação à Avenida do edifício B, que se dispõe paralelamente a ela e se vai destinar a comércio e escritórios, criar uma pequena plataforma dotada de condições de estar, de uso público, que se constitua como meio de chamada e atracção à área comercial situada sob essa plataforma e no piso 0 e 1 do edifício que a partir dela se eleva.

Do edifício A, de comércio e habitação, salienta-se para a parte de trás, um corpo mais baixo, que dará continuidade à área comercial virada para a Avenida.

A área compreendida entre estes edifícios e a auto-estrada deverá ser uma faixa verde que defenderá o conjunto da perturbação inerente ao atravessamento de uma área urbana por uma via daquela natureza.

O volume total de construção previsto é de 95 138 m3.

A área total destinada a comércio e escritórios é de 14 396 m2 e a área de habitação é de 13 754 m2, o que perfaz uma área total de construção de 28 150 m2. A área total de aparcamento é de 12 271 m2.

A área total de cedência é de 9 826 m2 na qual se incluem os 6 102 m2 já cedidos para a implementação do equipamento viário no interior do terreno. Poderá ser acrescida a este quantitativo a área de 2 239 m2, de uso público, que corresponde às coberturas dos pisos -01 dos edifícios A, B e F (lotes 1, 2 e 6, respectivamente).

 

JOÃO PEDRO XAVIER - ARQUITECTO, LDA