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EDIFÍCIO DE HABITAÇÃO E COMÉRCIO |
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1996-99 |
MODELO 3D |
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O edifício situa-se no gaveto definido pela Rua de Miragaia, nº 123-124 e Rua dos Armazéns nº 2. A proposta pode ser considerada estruturalmente como uma reconstrução já que se respeita a tipologia (r/c comercial no piso 0; habitação T2 em dúplex - pisos 1 e 2; linhas de circulação e posicionamento da caixa de escadas) e se conserva, nos seus aspectos essenciais, a morfologia do edifício, apesar do sistema construtivo ser diverso do existente. Com efeito, dado que apenas se pode aproveitar toda a parte do edifício construído em alvenaria de granito a nível do r/c, propõe-se a substituição dos pavimentos em madeira por lajes aligeiradas de betão e das paredes de taipa por elementos verticais constituídos pela estrutura de suporte realizada em perfis de aço revestidos, pelo interior, com placas de gesso pré-fabricadas e, pelo exterior, com um sistema de isolamento térmico preparado para receber acabamento idêntico ao de um reboco areado, assente sobre placas de fibrocimento. As alterações introduzidas, a nível da fachada Sul (abertura de uma janela para o novo quarto de banho) e da cobertura (alargamento do volume correspondente à caixa de escadas e terraço) são pontuais e são propostas procurando seguir a linguagem arquitectónica ditada pelo existente. A nível funcional desenvolve-se, no piso 0, uma "taberna", com acesso pela Rua de Miragaia, composta por uma área destinada ao público - espaço para mesas e balcão; sanitário - e uma área de serviço - preparação e exposição de bebidas e petiscos; espaço para arrecadação.
Em relação à habitação, à qual
se acede pela Rua dos Armazéns, foi destinado o piso 1 à
sala comum e cozinha e, o piso 2, à zona de quartos e quarto de
banho. Propõe-se ainda a utilização da cobertura
através da criação de um pequeno terraço que
pode ser aproveitado como lavandaria. No piso 0, a estrutura vertical é composta pelas paredes de pedra existentes e que constituem a envolvente desse espaço.
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Após prévia consolidação e beneficiação das mesmas, o seu coroamento receberá uma cintagem com perfis laminados em aço cravados com o emprego de ancoragens metálicas expansivas. Nos pisos superiores e cobertura, a mesma estrutura é constituída por um sistema reticulado plano de perfis laminados em aço que, repousando sobre a cintagem atrás descrita, estruturará a nova envolvente, com elementos verticais espaçados em função dos imperativos arquitectónicos, nomeadamente fenestrações e vazamentos, e horizontais de contraventamento e apoio das lajes de pavimento e cobertura. A reduzida largura do edifício permitirá lançar lajes de piso e cobertura de um único tramo e com esse vão. Serão aligeiradas e pré-esforçadas, com nervuras numa direcção, armadas com vigotas em betão pré-esforçado, blocos de cofragem e tarugos armados na direcção perpendicular. No exterior será ensaiada a hipótese de colocar a pedra à vista no piso 1 sendo os panos superiores rebocados. A caixilharia exterior apesar de ser reformulada para poder receber vidro duplo respeitará as dimensões e o funcionamento da existente e será executada em madeira para pintar, retirando-se as persianas exteriores, e substituindo-as por portadas interiores em madeira pintada. No interior, ao nível do piso 0 as divisórias são realizadas em alvenaria de tijolo para rebocar e estucar ou receber, no caso do sanitário, lambrim de azulejo até à altura de 2.00 m. Na zona de bar, a pedra ficará à vista. O pavimento é de tijoleira e os tectos são para forrar a madeira ou para estucar. Nos pisos correspondentes à habitação, o pavimento da sala e dos quartos, assim como as escadas, será de madeira de pinho envernizada; na cozinha e quarto de banho será utilizada tijoleira. As paredes divisórias são realizadas em placas de gesso adossadas a perfis de alumínio pré-fabricados, e as demais paredes serão acabadas a reboco estucado excepto na área correspondente a lambrim de azulejo (h=2.00 m) a adoptar na cozinha e quarto de banho. As esquadrias interiores, rodapés e faixas serão executadas em madeira para pintar.
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