EDIFÍCIOS DE HABITAÇÃO PLURIFAMILIAR |
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2000
Quarteirão 1409, Paranhos, Porto Estudo Prévio Carlos Costa e irmã |
ESQUISSOS |
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O edifício de habitação plurifamiliar
projectado situa-se em Paranhos, no Porto, num terreno com frente para a
Travessa de Cortes (quarteirão 1409). Sabendo da intenção da Câmara de dar continuidade a esta nova rua é proposto o seu prolongamento, através do terreno do Exmo Sr. Carlos Costa, até à Rua Dionízio dos Santos e paralelamente à Rua Delfim Maia. É com base nesta nova via e nas condicionantes ditadas pelo existente (considerando já como existente a proposta para o terreno vizinho) que se implanta o edifício habitacional proposto procurando articular, justamente, as diferentes escalas, morfologias e tipologias em jogo. Essa articulação assenta numa tentativa de estabelecer uma ponte entre as duas realidades, a realmente existente e a que se encontra em fase de projecto, ensaiando uma transição visível quer ao nível da planimetria e da volumetria propostas. Quanto ao primeiro aspecto pode verificar-se que os corpos A e B (ver peças desenhadas 1 e 3) se dispõem no terreno realizando uma rotação direccional que tem como bitolas a perpendicular à rua Delfim Maia, que corresponde ao alinhamento do corpo B, e a direcção do volume proposto para o terreno contíguo e mais próximo do terreno do requerente. O corpo A posiciona-se de acordo com a bissectriz que se pode determinar a partir do
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ângulo formado pelas duas direcções referidas. Do corpo A para o corpo B existe, igualmente, um decréscimo dimensional, ao nível da área de implantação, visando a aproximação à escala do existente. Sob o ponto de vista volumétrico, a cércea de quatro pisos que se propõe para o edifício habitacional projectado, corresponde exactamente a um valor intermédio entre os seis pisos do novo empreendimento e a média de dois pisos da evolvente próxima. Registe-se que os dois pisos referidos, por se tratar de construção antiga, correspondem, sensivelmente a três pisos de construção actual. Os acessos ao logradouro são efectuados a partir da Travessa de Cortes ou do novo arruamento, sendo por este último que se realiza o acesso à garagem subterrânea. A entrada no edifício propriamente dito realiza-se quer pela cave (piso -1) quer pelo piso térreo (piso 0) através de um sistema de acessos central, constituído pela entrada, escada e elevador existentes em cada um dos corpos. Por cada piso distribuem-se dois fogos dos tipos T1 a T3 cuja organização foi estabelecida de modo a orientar as salas e os quartos para o pátio interior definido pelos corpos A e B ficando os serviços - cozinha, quartos de banho e arrumos - orientados para o lado oposto. Prevê-se que a cobertura de ambos os edifícios seja visitável. No último piso do corpo B aproveitando a saliência da caixa de escadas e do elevador propõe-se a realização de uma sala para uso do condomínio. A área circundante do edifício será ajardinada e arborizada. |
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